Personalidades :

  

Antónia Rodrigues

  • Menina nascida na cidade de Aveiro no seio de uma família de parcos recursos;
  • Obrigada a ir trabalhar para Lisboa, tendo como habitação a casa de sua irmã, sendo também maltratada por esta;
  • Ao ver tamanha injustiça em relação à sua pessoa, tomou a decisão de fugir indo trabalhar numa embarcação com um disfarce masculino chegando mesmo a afirmar-se como António Rodrigues;
  • Em 1502, alista-se como soldado usufruindo do seu nome chegando mesmo a atingir relevância na época dos descobrimentos, elevando-a a um estatuto social do qual quase resultava um matrimónio com D. Beatriz, filha de D. Diogo;
  • Acontecimento este fez com que receasse e pusessem a descoberto toda a verdade sobre ela, as suas origens e sexo, tomou a decisão de contar toda a realidade e terminar com o casamento;
  • Casou mais tarde e teve um filho, não se sabe ao certo o nome do seu esposo;
  • Pelo 35º aniversário, recebe de D. Filipe II de Portugal e III de Espanha 200 cruzetos, e seu primórdio, as honras de Moço da Real Câmara pela sua bravura.

Dr. Lourenço Peixinho

  • Lourenço Simões Peixinho, nasceu a 2 de Maio de 1877, na rua das Barcas (actual rua José Rabumba ), em Aveiro e faleceu a 7 de Março de 1943, na mesma localidade;
  • Homem de visões futuras e de modernidade para com a “sua” cidade, exercendo durante 25 anos as funções de médico, e presidente da câmara, enquanto provedor da Santa Casa da Misericórdia;
  • Auxiliou economicamente a construção do novo Hospital de Aveiro, a juntar ao facto de ter sido o principal dinamizador pelo progresso e modernidade urbana;
  • Assinalam-se feitos e obras notáveis, tais como:
    • Construção e inauguração da avenida no centro da avenida, actual Avenida Dr. Lourenço Peixinho;
    • Construção do Parque D. Pedro, o alongamento do então Jardim Público;
    • Construção do Estádio Mário Duarte;
    • Lavadouros públicos de S. Roque;
    • Colónia Balnear Infantil da Barra;
    • Mercado Manuel Firmino;
    • Electrificação da cidade a partir de 1921;
    • Criação da sopa dos pobres;
    • Remodelação do edifício dos Paços do Concelho, removendo-lhe a cadeia.
    • Construção do Cemitério Sul, perto da passagem de nível de S. Bernardo;
    • Instalações Sanitárias da antiga Praça de Luís Cipriano;
    • Projecto da rede de abastecimento de águas;
    • Construção de vários recintos de jogos no Parque da cidade;
    • Dois Quartéis de Bombeiros (antes dos actuais);
    • Colocação do Monumento de evocação dos mortos da 1ª Grande Guerra, no início da Avenida, perto do edifício da actual Assembleia Municipal.
  • Em sua homenagem e forma de reconhecimento da sua obra, foi colocado, na placa central da Avenida, em frente à Estação do Caminho de Ferro, um busto em bronze, em 4 de Maio de 1951.

Fernão de Oliveira

  • Diz-se ter nascido no início do século XVI, em Aveiro, havendo algumas dúvidas do local e da data de nascimento;
  • Fora educado, desde tenra idade, no convento de São Domingos em Aveiro, onde aprendeu e estudou com alguns mestres;
  • Abandonou a Ordem aos seus 25 anos e refugiou-se em Castela, onde viveu alguns anos, e onde estudou a língua Espanhola;
  • Após regressar a Lisboa, publicou “Gramatica da Linguagem Portuguesa”;
  • Ensinou algumas disciplinas aos filhos de ilustres da época;
  • Foi também soldado, marinheiro e teórico da guerra, tendo publicado a sua obra “Arte da guerra e do mar”;
  • Ajudou a desenvolver a construção naval na época, publicando um livro com o título “Fábrica das naus” próximo do fim do século XVI, onde viria a falecer.

Marnoto

  • Nome que se dava aos homens, que trabalhavam nas salinas de Aveiro;
  • Ar robusto e pele escura do sol. Trabalhavam com ancinho, ugalho da lama ou rapão do sal;
  • Pessoas deslocadas da periferia da Vila de Aveiro, trabalhavam de segunda-feira até sexta-feira e de sol a sol;
  • Dormiam em cima de uma cama de feno ou numa cama de madeira no palheiro ,onde também comiam as previsões, trazidas com antecedência;
  • As suas vestes:
    • camisa branca sem colarinho, nem punhos
    • faixa preta ou encarnada à cintura
    • barrete de fazenda de lã ou chapéu preto com aba
    • lenço encarnado de algodão estampado.

Magalhães Lima

  • Jaime de Magalhães Lima nasceu em Aveiro, a 15 de Outubro de 1859 filho de Sebastião de Carvalho Lima e de Leocádia Rodrigues de Magalhães. Teve duas irmãs Lucília Carmina de Magalhães, Lima e Zulmira de Magalhães Lima e um irmão, o jornalista e político Sebastião de Magalhães Lima;
  • Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1888;
  • Patrono da escola secundária de Esgueira, por isso denominada Escola Secundária Jaime de Magalhães Lima;
  • Faleceu na sua quinta em Eixo Aveiro, a 26 de Fevereiro de 1936;
  • Às leis juntou a pena e a enxada:
    • A pena do escritor, contista, ensaísta, romancista, conferencista, jornalista, publicista;
    • A enxada, ao dedicar-se à plantação de eucaliptos na sua quinta de Eixo, criando o já famoso arboreto de eucaliptos, enriquecendo-o em número de espécies e variedades para o transformar num dos mais completos ou até o mais completo da Europa em diversidade;
  • Via nas árvores um sinal da grandeza de Deus e uma das suas obras mais belas.

Homem Cristo

  • Francisco Manuel Homem Cristo nasceu em Aveiro em 8 de Março de 1960, e faleceu na sua terra Natal a 25 de Fevereiro de 1943;
  • Iniciou a sua carreira na imprensa aos 17 anos no “O Trinta” ainda muito jovem, fundou o semanário “ Povo de Aveiro” que foi durante mais de meio Século, o único redactor. O jornal de que foi director e muito popular;
  • Para alem do jornalismo, foi também, politico, oficial do exército e professor universitário, fez parte do partido republicano, estabeleceu doutrina, não só no seu jornal mas também noutros órgãos de imprensa;
  • Foi preso, julgado e absolvido por causa de uma manifestação contra o movimento da revolta do Porto em 31-01-1891 deixou o exercito em 1909;
  • Quando deflagrou a 1ª grande guerra, regressou ao País, e voltou a publicar em Aveiro o seu jornal, sobre o título de “O de Aveiro”;
  • Foi nomeado em homenagem dos seus méritos (professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, até atingir o limite de idade);
  • Em Aveiro para além de outras actividades, foi presidente da Associação Comercial e Industrial e da junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro;
  • A figura deste homem é conhecida pelos Aveirenses, os mais novos conhecem-no pelo facto de o seu nome ter sido atribuído a uma escola dessa área.

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